A pesquisa, desenvolvida ao longo dos últimos três anos em modelos animais (ratos), além de demonstrar que a cafeína é benéfica porque restabelece a função da dopamina enquanto neurotransmissor do cérebro (com um papel muito importante no comportamento e cognição), permitiu também evidenciar diversas modificações que ocorrem no cérebro em situações de défice de atenção e hiperactividade.
Questionado se as crianças com défice de atenção e hiperactividade devem, então, passar a consumir café, o também docente da Faculdade de Medicina (FMUC), nota que “é seguro afirmar que o consumo de café é benéfico em crianças e adolescentes, mas a clínica deve obedecer a todo um protocolo. Os resultados obtidos carecem ainda de ensaios clínicos (a próxima fase do estudo) e, por isso, não devemos, ainda, recomendar aos cuidadores de crianças hiperactivas a inserção de café na sua dieta”.
As conclusões do estudo, já aceite para publicação na revista European Neuropsychopharmacology, são muito promissoras para o “desenvolvimento de uma nova geração de fármacos muito mais selectivos, ou seja, medicamentos que actuam apenas no tratamento da défice de atenção e hiperactividade, não causando os denominados efeitos colaterais ou secundários, concretamente toxicidade e dependência”, realça o investigador Rodrigo Cunha.
07/05/2012 - 11:23
Artigo retirado DAQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário