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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Separação conflituosa dos pais gera atrasos


       Separação conflituosa dos pais gera atrasos no desenvolvimento cerebral dos filhos




Todos os dias, 72 casais se divorciam em Portugal. Muitos têm filhos e não são raros os casos em que as crianças são envolvidas no conflito. As sequelas podem ser graves.

A falta de um clima de segurança e de serenidade na infância deixa marcas na criança, cicatrizes na “anatomia e na fisiologia do seu sistema nervoso central, difíceis de fazer desaparecer”, assegurou o psiquiatra e psicanalista Emílio Salgueiro na conferência sobre o Superior Interesse da Criança que decorreu na quinta e na sexta-feira, em Lisboa.

A neurociência moderna demonstra que os bebés criados por pais que não lhes proporcionaram um clima de segurança e de serenidade “mostram um atraso na maturação cerebral”, contribuindo para que neles se instale “uma situação destress permanente, lesando o cérebro e impregnando as vivências da criança de insegurança, aflição e desorganização”, alertou Emílio Salgueiro, a propósito da discussão acerca do interesse da criança nos processos de separação dos pais.

Notícia do Público de 5 de Novembro de 2011, Retirado do Blogue Crianças a torto e a Direitos.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protecção de menores reportam cada vez mais


 

Notícia do Sol de 24 de Abril de 2013.
A notícia contém comentários da Drª Dulce Rocha, Vice-Presidente do Instituto de Apoio à Criança.
As comissões de protecção de crianças e jovens intervêm cada vez mais em casos de desavenças e incumprimentos dos pais, nomeadamente quando um dos progenitores tenta afastar o filho do outro pai, um fenómeno mais conhecido como alienação parental.
À agência Lusa, o presidente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR) admitiu que há cada vez mais casos de alienação parental identificados pelas comissões de protecção de crianças e jovens (CPCJ), apesar de não haver uma contabilização estatística.
“As comissões referem de facto casos em que é solicitada a sua intervenção por virtude de desavenças, incompreensões e incumprimentos por parte dos pais. Existem várias manifestações e uma delas é essa [alienação parental], em que um dos pais procura afastar a criança do convívio com o outro”, apontou Armando Leandro.
De acordo com o responsável, as CPCJ estão alertadas para que a alienação parental possa ser prevenida, uma vez que “há frequentes casos em que um dos pais tenta que a relação do filho com o outro progenitor não decorra de forma normal, perturbando essa relação”.
“Do ponto de vista da prevenção é preciso cada vez mais radicar uma cultura da responsabilidade dos pais e do dever que cada um tem para que a criança tenha uma boa imagem e uma relação com o outro progenitor, independentemente da relação entre eles”, defendeu Armando Leandro.
Acrescentou que apesar de ser necessária a intervenção “reparadora” dos tribunais e das CPCJ, é “indispensável” prevenir este tipo de comportamentos através de uma “cultura precoce de uma vida a dois e da importância da parentalidade positiva”.
De acordo com Armando Leandro, as situações reportadas pelas CPCJ têm muitas vezes a ver com o incumprimento das decisões dos tribunais, colocando as crianças em “situações de perigo”.
“Importa incrementar cada vez mais dispositivos como a mediação familiar, a formação parental, quer de forma preventiva, quer de forma reparadora para evitar esses fenómenos que são muito prejudiciais para as crianças”, defendeu.
Já o procurador da República e membro do Observatório Permanente da Adopção Rui do Carmo, defende que a solução para este problema pode passar por mais formação nos tribunais, mas acima de tudo por mais formação dos pais.
“Acho que é preciso aumentar a formação dos tribunais, mas também aumentar a formação cívica das pessoas. Se isso dos dois lados melhorar, chegaremos certamente a bom porto”, defendeu.
Para o magistrado não faz sentido avançar para a criminalização da alienação parental, defendendo que a discussão do que é ou não alienação parental se deve fazer ao nível da psicologia e não dos tribunais.
A presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) critica, por seu lado, o conceito e defende que não faz sentido haver um Dia Internacional para a Consciencialização da Alienação Parental, que se assinala a 25 de Abril, porque com isso se está a colocar o enfoque nesta questão quando há outros problemas mais importantes como a violência doméstica ou o abuso sexual sobre as crianças.
Dulce Rocha disse inclusivamente que ao longo de toda a sua carreira como magistrada encontrou “pouquíssimos” casos de mães que tivessem impedido os pais de estarem com os filhos sem terem uma razão válida e muito forte, defendo que são essas razões que têm de ser averiguadas.
Entende que em matéria de regulação parental, a opinião das crianças não é considerada, que ainda vinga a ideia de que os menores são influenciados pelas mães e que a insistência na síndrome de alienação parental pode desviar a atenção dos problemas principais.
Lusa/SOL
 
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