sexta-feira, 25 de maio de 2012

Acesso cada vez mais precoce e fora da supervisão dos adultos obriga a novas respostas – EU Kids Online



  

            

Acesso cada vez mais precoce e fora da supervisão dos adultos obriga a novas respostas – EU Kids Online

by criancasatortoeadireitos
Notícia do Destak de 20 de Outubro de 2011.
As crianças acedem cada vez mais cedo à internet e conseguem fugir à supervisão dos adultos, o que obriga a novas respostas por parte dos poderes políticos para garantir a sua segurança, aponta um relatório da EU Kids Online.
A EU Kids Online é uma rede de investigadores europeus sobre crianças e internet da responsabilidade do Programa Internet Segura da Comissão Europeia que deixa agora uma série de recomendações na sequência de uma pesquisa realizada por toda a Europa e que envolveu 50 mil inquiridos.
De acordo com os resultados dessa pesquisa, "as crianças estão a aceder à internet cada vez mais novas" e fazem-no cada vez mais através de meios móveis, "escapando assim à supervisão dos adultos".
Para os investigadores, "é vital que os responsáveis por políticas públicas desenhem novas respostas para estes novos desafios", mas ressalvam que Portugal é um dos países onde o uso da internet é "relativamente baixo, mas associado a uma incidência de riscos intermédia".
"Portugal é também um dos países europeus com menor incidência de bullying online" e "as crianças e os jovens portugueses estão entre os que menos se envolvem no contacto com pessoas desconhecidas online", lê-se no relatório.
No entanto, Portugal é um dos países "onde mais crianças e jovens declaram aceder à internet nos quartos (67 por cento) e onde os pais menos acedem com frequência à internet (30 por cento), ao mesmo tempo que é entre as crianças e jovens portugueses que é mais frequente aceder à internet na escola (72 por cento) ou nos espaços de acesso gratuito (25 por cento).
O documento deixa 20 recomendações-chave, nomeadamente que "as crianças têm direito a protecção e segurança online, mas também têm de se responsabilizar por se manterem seguras e respeitarem os direitos dos outros" ou que "é importante que os responsáveis políticos continuem a enfatizar as oportunidades que a internet apresenta para as crianças".
Por outro lado, lembram que "é preciso um novo foco na segurança dos mais novos", que "as mensagens sobre segurança devem ser adaptadas aos novos modos de acesso" ou que "os conteúdos online positivos para crianças devem ser prioridade nas políticas".
Defendem igualmente que "os fornecedores de serviços de redes sociais devem garantir a máxima proteção para as contas de utilizadores menores", que "a consciência parental dos riscos e da segurança online precisa de ser ampliada", bem como que "é preciso criar respostas modeladas para o bullying".
"O software de controlo parental precisa de ter em conta as necessidades, conhecimentos e interesses dos pais", lê-se no relatório que sublinha igualmente que os níveis de mediação dos professores "são elevados, mas poderiam ser ainda mais".

                                
              


domingo, 20 de maio de 2012

Um Dia Isto Tinha Que Acontecer - MIA COUTO


Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

terça-feira, 15 de maio de 2012

PALESTRA



Na sequência do convite do CRIA (Centro de Reflexão, de Intervenção e de Aquisição), hoje, dia 15 de maio de 2012, pelas 11h 45m, dois representantes dos AA (Alcoólicos Anónimos) vieram à Escola Secundária de Amora, partilhar as suas experiências e vivências pessoais relacionadas com o alcoolismo.

Dar a conhecer o trabalho realizado pelos AA, (Comunidade mundial com carácter voluntário de homens e de mulheres de todas as posições sociais que se reúnem para alcançar e manter a sobriedade), por um lado, e sensibilizar os alunos para a problemática do alcoolismo (uma doença crónica de adição), por outro, foram os principais objetivos desta sessão.

A atenção e o empenho demonstrados pelos nossos alunos durante os noventa minutos que durou a sessão levam-nos a acreditar que os objetivos a que nos propusemos foram plenamente alcançados. Destacamos a entrega e a disponibilidade manifestadas pelos oradores que, de forma despretensiosa, responderam a um conjunto de questões pessoais, previamente redigidas sob anonimato, por alguns alunos.

No final, os dois representantes dos AA ofereceram o livro Alcoólicos Anónimos ao CRIA e distribuíram pelos alunos dois folhetos informativos (Uma breve noção de AA e Uma mensagem aos jovens… Como saber se a bebida está a tornar-se um problema).

Estiveram presentes na palestra as seguintes turmas: 8.º D, 9.º G, 9.º I, 11º I e 12.º D, num total de cerca de noventa alunos.

Posteriormente, será solicitada uma avaliação da sessão aos alunos intervenientes na palestra, da qual daremos notícia.