Poderemos utilizar a seguinte metáfora:
gerir as nossas relações humanas é como ter um passarinho nas mãos:
se apertamos demais, ele morre. Se abrimos demais ele foge.
É nesta simbiose que está o segredo, o trabalho e a dificuldade.
Quantas vezes, com medo de perder, apertamos tanto que o outro não pode respirar, quase não pode existir. Sufocamos. E acabamos mesmo por perder.
Quantas vezes agimos de uma forma demasiado laxante, aparentando falta de interesse, e como tal interpretado, que pode levar a abusos ou à fuga.
Diz Saint Exupery que devemos cativar. Cativar e prender. Mas não uma prisão física nem psicológica. Cativar é envolver. É estar atento. É dar espaço. É saber estar presente.É saber estar ausente. Mas sempre atento e interessado. Interesse não manipulador e curioso.
Pensemos numa mão cheia de areia: para a conservar, tenho de manter a mão semi-aberta. Se a fecho com medo de a perder, ela foge da mão. Se a mantenho aberta e me distraio, perco-a.
Então qual o segredo para conservar a areia?
José Sá
Fonte: http://partilhar.wordpress.com/2008/03/05/gestao-das-relacoes-humanas/
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