quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Passo a passo para a autoavaliação do professor
Antes de guardar os cadernos, fechar os armários e [aproveitar as festas]*, há uma última tarefa que o professor precisa cumprir para garantir a qualidade do seu trabalho: a autoavaliação. Nesse momento, vale fazer um balanço geral dos meses que se passaram, entender o que teve bons resultados, o que falhou e em que pontos melhorar.
A autoavaliação não caminha sozinha: muitas escolas combinam questionários da gestão, dos professores, dos pais e mesmo dos alunos (prática mais comum quando se tratam de crianças maiores) para abranger um cenário mais amplo do que ocorreu no ano letivo. Essa relação entre diferentes opiniões explicita problemas de relacionamento, comunicação, ensino, organização ou administração que, de outra forma, passariam despercebidos e abrem espaço para o diálogo entre setores: como um pode contribuir com o outro?
Porém, ainda que essa não seja uma prática comum na instituição em que você trabalha, é interessante reservar alguns minutos para fazer o exercício por conta própria. Essa é a melhor maneira de reorientar suas práticas pedagógicas com intencionalidade no futuro. Mas cuidado – essa não é uma atividade que deva ser feita às pressas, de qualquer jeito. Aqui vão algumas dicas para tornar o trabalho mais fácil:
A autoavaliação deve ser feita com tempo e concentração –
e, de preferência, por escrito (foto: The New Daily) |
Educadores sugerem que a autoavaliação seja realizada por áreas, ao invés de se criar uma única pesquisa com dezenas de perguntas. Questionários muito longos são exaustivos e há grandes chances de que, ao chegar na última questão, o professor já esteja cansado demais para responder com calma e profundidade.
Cada profissional pode definir tópicos de acordo com sua rotina e ambiente. Podem estar entre eles:
Planejamento de atividades e projetos;
Organização de materiais e da sala de aula;
Postura em sala de aula;
Relacionamento com outros funcionários;
Iniciativa, criatividade e originalidade;
Relação com as famílias das crianças;
Materiais produzidos, avaliações e devolutivas e como elas foram úteis ao aprendizado da turma;
Resolução de conflitos.
Escolha um modelo de avaliação
Para ser capaz de olhar atentamente para os resultados do ano que passou, o mais indicado é que a autoavaliação seja feita por escrito. Você pode elaborar perguntas cujas respostas sejam “sempre”, “às vezes” ou “nunca”; “bom”, “regular” ou “ruim”; ou ainda que usem escalas numéricas (1, para péssimo, até 10, para excelente). Por exemplo:
1. Este ano eu soube lidar com brigas e conflitos entre as crianças com calma e fui justa nas minhas reações: ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Raramente ( ) Nunca.
Uma alternativa é a produção textual, que permite uma reflexão mais profunda e a descrição de momentos específicos que ilustrem os pontos ressaltados.
Liste projetos, atividades e momentos marcantes do ano
...
Trace um plano para o próximo ano
Agora que você identificou sucessos, fracassos e pontos de melhoria, sente-se e escreva suas metas para o ano seguinte. Um por um, enfrente cada problema e estabeleça uma solução. Identifique quais são as mudanças prioritárias, que merecem mais atenção – você pode até mesmo colocar prazos e objetivos para acompanhar seu aprendizado, como faz com as crianças.
Pode acontecer de os problemas apontados dependerem não apenas do professor; a decisão de levar as crianças para mais estudos de campo em parques, museus ou teatros, por exemplo, precisa do aval da coordenação pedagógica. Nessa situação, leve sua autoavaliação para a escola e discuta-a com seus superiores, explicando as necessidades que você observou.
Aproveite a reflexão para pensar ainda em seu trajeto profissional: está na hora de buscar novos cursos e capacitações? Você está investindo o suficiente em sua carreira? Liste suas necessidades e limitações (preços, horários, local) e pesquise novos projetos para o ano seguinte.
Acompanhe seu progresso
A autoavaliação não precisa ser reservada para o final do ano. Nos próximos meses, retorne às metas que definiu e acompanhe seu progresso. Que tal ter um diário em que, a cada semana, você registra o que aprendeu? Quanto mais frequente for sua reflexão, mais rápida e eficiente será a reorientação e melhores os resultados!
Ler artigo completo AQUI
* No original - correr para a praia
NOTA: Este género de avaliação pode valer também para uma avaliação de um ano civil. Uma vez que estamos no final de 2015 poderemos avaliar a nossa "performance" utilizando alguns dos pontos que este artigo apresenta, fazendo as devidas adaptações, claro!. Boa avaliação!
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