sábado, 25 de agosto de 2012

Há respostas que estão no comportamento dos pais...

Há respostas que estão no comportamento dos pais
Artigo do portal Educare de 6 de Agosto de 2012. Sara R. Oliveira Mikaela Övén dedica-se à parentalidade e educação de crianças. Tem três filhos, um blogue, participa em seminários e está disponíve....

sábado, 11 de agosto de 2012

Artigo de Pedro Afonso

Transcrição do artigo

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população.

No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade e adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso
Médico psiquiatra


Nota: O negrito é de nossa autoria

"Na RDCongo registam-se violações dos direitos...

"Na RDCongo registam-se violações dos direitos humanos que incluem o massacre de aldeias inteiras, violações em massa e sequestros, assim como o recrutamento de crianças para as forças armadas e os grupos rebeldes.

Cerca de 2.000 crianças são utilizadas atualmente por grupos armados da RDCongo, sobretudo nas províncias orientais do Kivu do Norte e do Kivu do Sul, onde segundo a UNICEF milhares de crianças foram recrutadas.

A UNICEF calcula que cerca de 800 soldados do grupo rebelde Gedeon (da milícia...

UNICEF alerta para aumento do número de crianças soldado
Notícia do Diário de Notícias de 7 de Agosto de 2012. por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas A UNICEF alertou hoje para o aumento do número de crianças soldado na República Democr....

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Escolas são as que mais alertam para perigo...

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Notícia do Diário de Notícias de 3 de Agosto de 2012. por Texto da agência Lusa publicado por Paula Mourato As escolas são as entidades que mais comunicam às Comissões de Proteção de Crianças e Jov....
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Negligência contribui para mau desenvolvimento do cérebro das crianças
Notícia do site CiênciaHoje de 24 de Julho de 2012. Equipa de investigadores analisou ressonâncias magnéticas de crianças institucionalizadas Um estudo publicado na «PNAS» refere que a negligência ....
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Manuais escolares usados à venda por 99 cêntimos...

Manuais escolares usados à venda por 99 cêntimos
Notícia do Diário de Notícias de 29 de Julho de 2012. por Sílvia Maia, da agência Lusa Na internet, há manuais escolares em segunda mão à venda por 99 cêntimos, uma alternativa de poupança para as ....
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Los maestros deben mirar el aula como realidad social


En ella, cada alumno ha de ser tratado como un sujeto que es y sabe, con el fin de fomentar el aprendizaje de la libertad y unas expectativas culturales altas


En la obra colectiva Competencias: una oportunidad para repensar la escuela (1) se reflexiona, entre otros temas, sobre el valor que tiene mirar el aula como una realidad social en la que cada alumno es tratado como un sujeto que es y que sabe. En este marco, a los maestros les toca la nada fácil tarea de desarrollar un espacio letrado donde se aprenda libertad, con unas expectativas culturales altas. Por David Vilalta Murillo.